da Redação
Tudo começou no ano de 2000 há exatamente 17 anos atrás, quando mexendo em uma gaveta na casa de minha mãe, descobri um exame de laboratório onde estava escrito PSA livre e total, em nome de meu pai. Por curiosidade resolvi abrir e ver. Como na época eu trabalhava em um hospital, levei ao medico para que me esclarecesse o que tinha ali, e a resposta foi: “Seu pai esta com Câncer de próstata e já em estado bem elevado, ele precisa operar o mais rápido possível”. A urgência se dava ainda pelo fato da idade elevada, 67 anos, e o fato de os exames terem apresentado um problema cardíaco (o coração dele estava maior do que o tamanho normal). Fizemos todos os exames pré-operatórios e chegou o tão esperado dia da cirurgia. Começamos a ficar apreensivos porque os médicos nos alertaram sobre o problema cardíaco e ele poderia não resistir. Fomos informados que seriam 2 horas de cirurgia, mais a mesma acabou durando aproximadamente 5 horas e por incrível que pareça, meu pai saiu do centro cirúrgico lúcido e falante. Três dias depois recebeu alta e fomos pra casa. No oitavo dia, retornamos ao hospital para retirar os pontos e ele foi liberado para voltar às rotinas gradativamente, alimentação, esforço físico etc…
A vida seguiu normalmente, mas, no mês de maio de 2014 meu pai começou a apresentar febre sempre no final da tarde, esse era o único sintoma que sentia uma febre que aparecia do nada. Resolvi leva-lo à emergência, mas chegando lá, o médico que o atendeu, sem fazer nenhum exame, o diagnosticou como tendo apenas um quadro de virose. Receitou paracetamol e muito liquido, mas a situação foi se arrastando por Dois meses. A febre ia e voltava, o levávamos aos médicos e o diagnóstico era sempre o mesmo, virose. Foi quando eu resolvi levar em outro hospital de grande porte. Assim que chegamos, meu pai foi medicado e encaminhado para fazer uma bateria de exames. De posse dos resultados, a equipe médica que o estava acompanhando, chamou a mim e a minha mãe pra dar o diagnostico. Meu pai estava com Diverticulite e precisava ser internado com urgência. Nesse período, ele fazia exames diariamente e então descobriram através de uma tomografia que meu pai estava com câncer no intestino, bexiga e reto. Um tipo muito raro e agressivo. No momento que recebemos a notícia, ficamos sem chão e desesperados porque ele já estava com 81 anos e com o problema de coração seria difícil ele sair vivo de mais uma cirurgia. Foi solicitado também 2 dias de internamento em UTI pós operatório e com restrições no relatório do seu cardiologista que dizia o seguinte: “Se operar ele pode morrer se não operar ele vai morrer então que seja feita a vontade de DEUS em sua vida seu José”.
Mais uma vez fomos chamados pela equipe médica para sermos informadas do diagnostico e se nós autorizaríamos a cirurgia devido à idade e os riscos de saúde. Colocamos Deus na frente mais uma vez e entregamos tudo nas mãos Dele e sem nenhuma dúvida, autorizamos a cirurgia. Chegou o grande dia 25-12-2014, dia de natal. Meu pai entrou no centro cirúrgico. A previsão inicial era de uma cirurgia de 2 horas de duração, mas os planos de Deus não são os nossos. Ele entrou às 11 horas da manhã e saiu às 21 horas, totalizando 10 horas de cirurgia, para honra e Gloria do Senhor saiu sorridente lúcido e falante, seguindo tranquilamente para a UTI na qual ficaria 2 dias. E mais uma vez, DEUS demonstrou o seu amor e cuidado com seus filhos, pois meu pai não passou nem 12 horas na UTI, sendo logo transferido para o quarto, glória a Deus. Seriam apenas 7 dias de internação, mas muitos imprevistos aconteceram e o mesma acabou se prolongando por 23 dias de muita luta. Os médicos nos informaram que seria necessário que ele colocasse uma bolsa de colostomia e outra via urinaria e nessa hora, meu mundo quase desabou, pois meu pai já havia nos avisado de que, se os médicos colocassem as bolsas, ele as arrancaria. Assim, começou nossa corrente de orações. Foi necessário muita confiança e fé em DEUS e nos médicos para que meu pai pudesse vencer mais essa batalha.
Chegou um determinado momento em que eu achei que iria perder meu pai. Foi quando ele estava colocando um liquido verde pela boca e nariz e tiveram que colocar uma sonda no nariz para tirar esse liquido mais rápido, pois, já suspeitavam de uma infecção hospitalar e a equipe médica junto com enfermeiros trataram de agilizar os procedimentos. Chegaram ao quarto e pediram para que todos saíssem, mas eu pedi para ficar junto com ele, não queria deixa-lo sozinho ali, e quando deram início aos procedimentos, comecei a orar e a pedir a Deus forças pra ajudar no que fosse preciso. Foi quando meu pai olhou pra mim e disse: “Filha, eu não vou aguentar isso, me ajude”. Virei-me de costas e clamei a Deus com toda a minha fé. Pedi em nome de Jesus que ele não deixasse meu pai ir embora, foi aí que o inimigo tentou agir. Meu pai começou a passar mal dizendo que ia morrer, o tubo que estavam colocando no nariz dele incomodava tanto que ele se debatia na cama e os enfermeiros precisaram segurar as mãos dele para que não o tirasse. Meu pai sentia falta de ar e cada minuto que passava eu o via mais fraco, sem forças para lutar pela vida. Meus olhos começaram e lacrimejar e antes que a lagrima caísse eu clamei novamente a Deus pela vida dele, ate que os médicos conseguiram colocar o tubo e ele se tranquilizou um pouco. Mas foi só a equipe médica sair do quarto e ele arrancar tudo, até os acessos em que tomava a medicação. Foi um desespero pra todos, pois ele poderia vir a óbito.
Ele não deixou que recolocassem os aparelhos e então foi necessário que o sedassem para que o procedimento fosse realizado. Fizeram uma pequena cirurgia no pescoço para colocar um acesso para que a medicação fosse ministrada e para a honra e glória do Senhor, ele foi recobrando os sentidos e tudo voltou ao normal. Vivemos 23 dias debaixo da glória de Deus e acreditando a cada minuto na cura do meu Pai. Meu pai recebeu alta e não precisou colocar nenhuma das bolsar e fomos pra casa felizes e agradecendo a Deus por tudo, pois Ele determinou que fosse assim. Um ano e quatro meses se passaram sem nenhuma intercorrência, até que, durante a realização de um exame de rotina. Uma colonoscopia, foram descobertos mais quatro tumores no intestino, inicialmente benigno, mais que a biopsia mostrou que 1 deles era maligno. Mais uma batalha pela frente.
No dia 18-10-2016 aos 84 anos ele submeteu-se a mais uma cirurgia de risco, pois o seu coração tinha aumentado demais e a probabilidade dele ter uma morte súbita era eminente, a cardiologista dele só liberou porque viu no meu Pai a vontade de viver mesmo sabendo ela dos riscos que poderiam acontecer. Mais uma cirurgia com duração de 11 horas, super delicada, com reserva de UTI pós-cirúrgica. E mais uma vez meu velho surpreendeu a todos. Mais uma vez, saiu sorridente, lúcido e falante. Com 5 dias já estava em casa e agora, 6 meses depois, mais exatamente no dia 16-03-2017 fomos ao seu medico levar os exames de rotina, e a melhor noticia que poderíamos receber foi: “Parabéns Sr Zé, você está curado do câncer sem nenhuma metástase”. Sem quimioterapia e sem Radioterapia, sem bolsa de colostomia e urinaria ele foi curado porque Deus é Deus.
Glorifico a Deus todos os dias pela minha FAMILIA que foi muito importante na recuperação do meu Pai (Minha mãe, meus irmãos, meus sobrinhos, meu marido, cunhada, primos, tios). À Deus toda honra e toda glória.
*José dos Santos, possui todos os laudos e todas as documentações para comprovar o agir de DEUS.