Que menina nunca sonhou em ser uma princesa, igual àquelas das histórias de criança?? Lindas, educadas, bem comportadas, cercadas de amor e carinho, que vivem em um mundo perfeito? As princesas sempre estimularam a imaginação de toda menina, mas se tornar uma delas fica mais difícil a cada dia. Não o título de realeza, mas aquilo que realmente faz uma princesa, o caráter, os princípios, a postura, o comportamento… Isso sim se torna cada vez mais distante da vida das meninas de hoje.
por Carolina Padrão
Este mundo cor de rosa nem de longe fazia parte da vida de Nathália Mesquita. Casada com o empresário Cleber Belato e mãe de dois meninos, Gabriel e Rafael, brilho, plumas, chás e rosa, nem passavam por sua cabeça. Acostumada às brincadeiras de meninos, o sonho de ser uma princesa era algo que ficava apenas guardado na memória, algo lá da infância. Mas este não era o desejo de Deus. Deus tinha muito mais guardado e planejado para a Princesa Nathália e este é o testemunho que você vai ver a seguir em entrevista exclusiva dada pela idealizadora da Escola de Princesas à Revista Aliança.
1 – COMO NASCEU O SONHO DE CRIAR UMA ESCOLA DE PRINCESA? ERA UM SONHO SEU? VOCÊ TINHA O DESEJO DE TRABALHAR COM MENINAS?
Na verdade, a Escola de Princesas era (e é!) o sonho de Deus para a minha vida, a minha missão. Eu nunca havia imaginado algo nem parecido. Mas quando tive o sonho, (pois a Escola nasceu literalmente de um sonho!), eu não tive dúvidas de que esse era o meu chamado. Durante uma noite, após alguns meses de jejum e oração, o Senhor me presenteou com esse sonho: eu estava numa escola só para meninas, preparando-as para os desafios da vida, resgatando suas identidades, ministrando ao coração valores de caráter e comportamento, através de princípios. Era um lugar lindo, na verdade, um “castelo”, todo adequado e adaptado para as meninas… Era a “Escola de Princesas”. E como eu sempre gostei de trabalhar com crianças, (sou formada em Letras e Psicopedagogia, e sempre lecionei Inglês e Literaturas para crianças), senti algo diferente naquele dia.
2 – COMO FOI TRANSFORMAR O SONHO EM REALIDADE?
Do dia 4 para o dia 5 de junho de 2011, eu tive o sonho. Então, eu precisava contar primeiro para o meu esposo. Mas sendo mãe de 2 meninos (príncipes!) como eu iria dizer ao meu esposo que Deus havia me dado um projeto de princesas, todo rosa ?… A primeira sensação que tive é a de que ele iria rir de mim, literalmente. Foi aí que pedi uma prova ao Senhor, dizendo que se esse sonho fosse algo vindo Dele, de Deus, para a minha vida, eu queria ouvir um sinal, uma confirmação, da boca de meu esposo. E, imediatamente, veio ao meu coração duas perguntas para eu fazer a ele quando fosse contar o sonho. E assim eu fiz. Perguntei: “Qual é o sonho de todo menino?” (ele respondeu: “ser jogador de futebol, claro!”) e, “qual era o sonho de toda menina?”. E sem hesitar, meu esposo respondeu: “ser uma PRINCESA!”. Naquela hora, senti Deus confirmando exatamente como eu havia pedido. Não havia dúvidas. Então, após o sinal, contei todo o sonho daquela noite para ele. Ao final, foi o meu esposo que pediu a Deus uma confirmação. Ele disse que queria uma palavra do Senhor para testificar. E, novamente, naquele instante, o Senhor sussurrou ao meu ouvido: “Ester 2:11”. E para a nossa surpresa, estava escrito assim: “E passeava Mordecai cada dia diante do pátio da Casa das Princesas, (em outras traduções, Escola de Mulheres, Casa de Mulheres) para se informar de como Ester passava, e do que lhe sucederia”. Estava registrado ali na Bíblia a primeira “Escola de Princesas” do mundo. E essa mais uma confirmação do Senhor para nós. A partir daí, pela fé, o Senhor encaminhou tudo o que precisávamos para transformar o sonho em realidade. Deus levantou os recursos financeiros e humanos para nos auxiliarem em tudo. Vimos o mover Dele em cada detalhe. Foram seis meses de dedicação até a inauguração da Escola.
3 – QUAL É O OBJETIVO DA ESCOLA DE PRINCESAS?
O objetivo da Escola é resgatar a identidade de meninas (mulheres!), no que diz respeito aos valores e princípios de comportamento e caráter, orientar na formação de cidadãs íntegras, críticas, conscientes e empreendedoras, fazendo-as entender qual é o seu papel, de acordo com a palavra de Deus. Resumidamente, é ministrar a identidade e o destino de cada mulher, em todas as áreas de sua vida (emocional, física, comportamental, ministerial, profissional etc).
4 – VOCÊ FEZ ALGUM CURSO PREPARATÓRIO? DE ONDE SAÍRAM OS DIRECIONAMENTOS SOBRE O QUE ENSINAR NA ESCOLA DE PRINCESAS?
Hoje, aos 38 anos de idade, olhando para trás, começo a entender o quanto eu fui, durante a minha vida inteira, sem saber, preparada pelo Senhor para este propósito. Eu sempre fiz muitos cursos, nas mais diferentes áreas. Fazia por hobby mesmo. Sempre gostei muito de estudar, ler, fazer coisas diferentes. Já fiz cursos de etiqueta, culinária, estética, organização pessoal, oratória, cursos para pais e filhos, cursos para aprender a ministrar ao coração, para aprender a falar na linguagem da criança, enfim, em todas as áreas que nem sequer tinham muito a ver com a minha formação acadêmica. Além do mais, em casa, também aprendi muito com minha avó materna, o “lado mãe, cuidadora, de ser” e com a minha mãe, o lado “profissional, ministerial, de ser”. E, em casa, tenho o meu “laboratório” pessoal, sendo esposa e mãe. Enfim, hoje eu entendo que a vida inteira o Senhor foi me moldando para este momento: ensinar as meninas (princesas!) a se tornarem uma verdadeira Rainha, uma mulher virtuosa, em todos os aspectos.
E todo o conteúdo que ministramos na Escola de Princesas veio “pronto”. Toda a direção veio de Deus mesmo. No sonho, eu recebi tudo pronto. O Senhor me mostrou tudo o que eu deveria fazer, e o como fazer. Creio que Ele me direcionou e orientou da mesma forma com que Ele fez com Noé, mandando todas as medidas da arca para salvá-los naquela época. A Escola de Princesas hoje, é a “arca”, um instrumento de salvação para as meninas desta geração.
5 – QUAL É O PÚBLICO ALVO DA ESCOLA?
No início, falávamos que era para as meninas de 4 a 15 anos. Mas hoje, temos entendido que este projeto vai ser expandir, que é para mulheres, pois é assim que o Senhor nos vê: completas! E começamos a resgatar valores e princípios que as mulheres da geração passada começaram “a esquecer”, a colocar de lado. Por isso, temos sofrido algumas consequências hoje.
6 – VOCÊ CONSIDERA A ESCOLA DE PRINCESAS UM MINISTÉRIO? POR QUÊ?
Sim. Claro! Totalmente. Aliás, não vejo como um negócio, embora também seja (tanto é que viramos franquia). Mas vai muito além. É promessa de Deus para minha vida, minha família. É o meu chamado: resgatar identidade, orientar e direcionar vidas! Em Isaías 58:12 diz: “E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas para morar.” Essa é a nossa missão.
7 – QUAIS SÃO OS PLANOS PARA O FUTURO?
Jamais imaginei que chegaria aonde o Senhor tem nos levado hoje. Em pouco mais de 2 anos, já atendemos quase 3 mil meninas, do Brasil e exterior, expandimos a nossa Escola virando franquias, e Deus tem levantado pessoas para nos auxiliarem nesse projeto em várias partes do Brasil e até em outras nações. Deus é o dono, sócio majoritário, diretor, enfim, tudo desse projeto; e Ele é quem sabe onde, como e quando vamos chegar. Mas o que posso dizer é que Ele tem pressa e quer muito alcançar gerações de meninas, de mulheres e nações através do nosso trabalho. E, principalmente, acima de tudo, meu desejo e planos para o futuro é poder continuar no centro da vontade Dele, fazendo o que Ele determinar.
8 – QUE MENSAGEM VOCÊ DEIXARIA PARA TODAS AS PRINCESAS E RAINHAS, LEITORAS DA REVISTA ALIANÇA?
Todas somos Princesas! Já nascemos com essa identidade: “filhas do Rei”! Mas infelizmente, neste mundo atribulado, por causa das circunstâncias, muitas vezes nos esquecemos, ou até duvidamos de quem realmente somos. Mas, que possamos tomar posse de nossa verdadeira identidade e reivindicarmos tudo aquilo que já temos por herança e direito. E que possamos ser verdadeiras influenciadoras e exemplos de mãe, filha, esposa, auxiliadora, trabalhadora, empreendedora, enfim, de Mulher para as meninas dessa nova geração.