“Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo.” 1 Coríntios 6:18
por Fabiana Menezes
A sociedade vive uma decadência por causa do pecado. Fomos nocauteados pela permissividade moral e pela inversão de valores. Tudo é relativizado, não existe mais o conceito de pecado e sim de “ponto de vista”. Esse relativismo moral afeta o conceito e a estrutura familiar estabelecidos pelos princípios e valores de Deus que criou homem e mulher, sexo masculino e feminino e um único gênero; o gênero humano (Gn 1:27). A identidade sexual é a nossa primeira identificação e só existem duas: homem e mulher. Mas hoje perdemos o referencial da verdade, e consequentemente perdemos identidade. Só em Jesus sabemos quem nós somos e qual é o nosso verdadeiro valor.
Hoje, tudo foi pervertido. Perversão é criar uma outra versão, uma versão satânica, falsa, mentirosa, é isso que satanás faz com os princípios de Deus. Quando acreditamos nas mentiras, nos sofismas, em tudo que foi pervertido, relativizado, chegamos na desconstrução dos valores e princípios da verdade: o que é certo virou errado, e o que é errado virou certo na nossa geração. Mas a verdade e os princípios de Deus são inegociáveis, Seus princípios e Leis são soberanos e absolutos, e as transgressões não passam impunes e desapercebidas no Reino de Deus. A única solução para uma sociedade saudável é o casamento nos padrões bíblicos, que nos faz experimentar a vontade de Deus para nossas vidas, através do amor, do perdão e da fidelidade; esses princípios nos protegem e também protegem a nossa descendência.
Uma pessoa nunca vai se realizar plenamente dentro de um contexto de perda de identidade. Deus criou homem e mulher, macho e fêmea, não existe um terceiro sexo ou um outro gênero sexual. Essas pessoas que estão confusas e perdidas na sua sexualidade sofrem uma crise de identidade. A identidade é firmada e estabelecida no nosso conhecimento das verdades de Deus sobre nós mesmos em todas as áreas da nossa existência. Há na verdade uma rejeição social e espiritual sobre essas pessoas, que é camuflada pelos discursos de tolerância, sem preconceitos, etc.
A saúde e o sucesso de uma sociedade está relacionada aos princípios de Deus para o casamento. O início dessa decadência e declínio moral e social que presenciamos no nosso tempo começou com a banalização do casamento, da cultura do divórcio, do não-casamento e da liberdade sexual, mas isso ja estava previsto biblicamente (2 Tm 3:1-5). Os pecados sexuais prendem as pessoas em cativeiros espirituais. Esses pecados levam a morte espiritual por que a nossa comunhão com Deus acontece no nosso espírito através da nossa consciência (Rm 6:23). Se cauterizamos ou mentimos para nossa consciência por causa do pecado, não queremos mais nos aproximar de Deus, a não ser através da religiosidade (Gn 3:8).
É um engano pensarmos que ninguém é de ninguém, que todo mundo faz sexo com todo mundo e que está tudo certo, que tudo vai ficar bem. O pecado sexual não vai encontrar impunidade no mundo espiritual. A liberdade sexual não é a receita para a felicidade, mas sim para os abusos, as imoralidades, marginalização, violência e para os tormentos emocionais e espirituais. A cultura não está acima das Escrituras. As leis de Deus são soberanas. Não tem como quebrar uma lei sem ser quebrado por ela. Toda quebra de uma lei traz consigo uma penalidade, uma maldição (Dt 28; Lv 26). Charles Melman , sociólogo francês, percebendo todas essas ações humanas que destroem a família e a sociedade, ignorando os princípios bíblicos, escreveu: “Assistimos a um acontecimento que talvez não tenha precedente na história, que é a dissolução do grupo familiar. Pela primeira vez, a instituição familiar está desaparecendo e as consequências são imprevisíveis.”
O resultado dessa cultura humanista e hedonista, alicerçada no relativismo moral, é uma sociedade doente: pais marginalizados, mães solteiras, a vulgarização da mulher, a ilegitimidade dos filhos, tornando-os vulneráveis e órfãos de pais vivos, pessoas sem identidade sexual e famílias destruídas. A história de destruição de grandes sociedades está relacionada a relativização moral, a perversão sexual, a perda dos valores e vínculos familiares e ao envolvimento com o ocultismo. Esses fatores determinam a ruína e a destruição de um povo, de uma sociedade. Sodoma e Gomorra e Babilônia são os exemplos bíblicos, mas há muitos outros povos que desapareceram da face da terra por cultivarem todos esses fatores que exterminam uma sociedade. Deus usa Sua Palavra para nos advertir: “De modo semelhante a esses, Sodoma e Gomorra e as cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais anti-naturais. Estando sob o castigo do fogo eterno, elas servem de exemplo.” Judas 1:7
O sexo não é só um ato físico, é um ato espiritual, uma ligação de alma, é uma aliança de sangue entre pessoas, que só é abençoado dentro do contexto do casamento, e que foi estabelecido desde a criação do homem. Uma aliança tem o poder de gerar todo tipo de bênçãos e a quebra de uma aliança traz maldição e prejuízos seríssimos. A intimidade sexual fora da aliança do casamento estabelece um pacto de iniquidade por que é adultério, fornicação e quebra de aliança. Por isso é que muitas doenças sanguíneas são sexualmente transmissíveis. E as doenças pisco-emocionais aumentaram absurdamente nas últimas décadas por causa da apologia ao sexo e à liberdade sexual. A perturbação emocional e espiritual tem relação com a perversão sexual (Pv 6:32,33). O resultado é o que podemos observar em nossos dias: consultórios de psicólogos, psiquiatras e psicanalistas abarrotados de pessoas perdidas, deprimidas, infelizes e doentes.
Dentro do contexto do casamento, o sexo representa benção e celebração dessa aliança, mas fora do casamento representa fornicação ou adultério. A vida sexual interrompida no casamento é sinal de um problema espiritual sério e de orações impedidas no mundo espiritual (1 Pe 3:7). O pecado sexual não encontra impunidade no mundo espiritual por que o sexo não é só um ato físico, mas é espiritual, e estabelece uma aliança de sangue entre pessoas. Reconhecendo essa verdade, Paulo nos adverte: “Porém, por causa da imoralidade, cada homem tenha sua esposa, e cada mulher, seu marido.” (1 Co 7:2).
“Deus criou o sexo como um presente, mas um presente de casamento.” Pr. Josemar Bessa
*Texto extraído do livro INSPIRAÇÕES PARA O SEU DIA – VOL 03 – Editora UpBooks. Maiores informações pelo site www.upbooks.com.br