“E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo.” Ezequiel 3:22
por Fabiana Menezes
Nunca chegaremos a experimentar a alegria da liberdade em Cristo se tivermos a uma mentalidade errada com relação ao sofrimento. A Bíblia nos mostra que o plano de Deus para nós, às vezes, inclui perda, dor e sofrimento. É difícil aceitar o sofrimento, mas não há, na Bíblia, promessas de uma vida indolor (Jo 16:33). Deveríamos escolher nos alegrarmos enquanto atravessamos momentos difíceis: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações.” (1 Pe 1.6). Nesses momentos a tristeza e a passividade convidam à auto-piedade mas ela deve ser tratada como pecado. A gratidão, a ação de graças, é o principal remédio contra a auto-piedade.
Devemos estar cientes que Deus nos ama, e por isso no final sairemos com um caráter amadurecido. Ao chegarmos no alto de uma montanha e olharmos para baixo vamos perceber que todo crescimento, toda vida que cresceu, onde a vegetação é mais densa, é no vale. Não precisamos ser apenas edificados, nós precisamos ser quebrantados.
Temos que deixar o bisturi de Deus rasgar a nossa alma. Precisamos abrir o nosso coração para Deus. A casca da nossa religiosidade e da justiça própria tem que se romper para que as feridas sejam tratadas e curadas pela graça e pelo perdão de Deus.
“Toda provação que experimentamos é um atestado do investimento de Deus. Depois que Deus prova alguém, seu próximo passo é usar esse alguém. A identidade, a consciência e o propósito ganham clareza e profundidade, e podemos edificar sobre o alicerce adequado. Entendemos melhor quem somos em Deus e onde devemos chegar. Compreendemos que as tribulações são importantes no desempenho da nossa missão. Aquele otimismo e romantismo egotistas são substituídos por uma motivação inegociável de glorificarmos a Deus, não importa se é pela vida ou pela morte, pela abundância ou pela escassez, pelo sucesso ou pelo fracasso.” Pr. Coty